segunda-feira, 21 de novembro de 2011

como se o amor fosse sobreviver às veias paradas de sangue























Se alguém disser que morri, avança até à varanda do céu,
escuta a noite e recolhe o  meu corpo da espuma dos planetas.
não deixes que o meu rosto se dissolva nas tuas mãos,
insiste no meu nome até que o mar ascenda à tua boca.
e de luar em luar celebra o coração que fiz teu, mudamente,
como se o amor fosse sobreviver às veias paradas de sangue.

Vasco Gato