quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mas porque assim te invento e já te troco as horas





































Da tua voz
o corpo
o tempo já vencido

os dedos que
me vogam nos cabelos
e os lábios que me
roçam pela boca
nesta mansa tontura
em nunca tê-los...

Meu amor
que quartos na memória
não ocupamos nós
se não partimos...

Mas porque assim te invento
e já te troco as horas
vou passando dos teus braços
que não sei

para o vácuo
em que me deixas
se demoras
nesta mansa certeza que não vens.

Maria Teresa Horta